quinta-feira, 10 de junho de 2010

Uma manhã chorosa... a menina se levanta nos braços de Morfeu, uma pálida luz a acordá-la... Um vazio... Um vazio cheio. Ela caminha em direção ao porto, nem sempre seguro, e vazio... Imagem e reflexão, virtuosismo contraditório, virtuosismo profano... Fundir-se em duas, três e mais. Ela se sente só e repleta de cheios... 
Um dia a moça se desesperou, veio a tarde lhe dizer o quanto ela havia deixado de crescer, o quanto havia perdido... Em si. A menina chorou, quis não mais existir. E como as nuvens, ela se fundiu ao resplandecer, o clarear da mente e do corpo, ela se iluminava, cada vez mais branca... Luz.
Um toque, um olhar que já não mais via... A suavidade encantadora e envolvente a conduzia, conquistava. Ela estava envolvida por uma luz que parecia não apagar, simplesmente iluminava mais e mais...  e a luz foi ficando forte, e mais forte e com súbita e confusa precisão forte de mais, os olhos já não enxergavam tanto... A luz ultrapassou e outra visão se teve. A palidez se fez monotonia, choque e cegueira. A menina não queria perder a luz, que antes a iluminava, e a tirou da escuridão, aquilo lhe era de tamanha importância e fervor. A menina chorou novamente. A luz agora silenciava, e amena se colocava um tanto cautelosa, um tanto revoltada... A menina chorava...
Cheiro, toque, euforia, vida e respiração mútua... A luz e a menina... Uma dentro da outra se completavam... Calma e euforia, mente e corpo, força e delicadeza... Agora frieza.
Mas a menina contestava! Não queria mais na escuridão estar, então a menina pediu calma, a si mesma... E antes que a luz cegasse, pôs óculos escuros e pensou: Nada que uma boa proteção UV e uma lente cilíndrica não resolvam!!! E a menina havia diagnosticado... Ela tinha astigmatismo!   (Eleniralaís - 10 de junho de 2010)

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